Frederico Martins fala sobre como nossos hábitos financeiros influenciam no nosso sucesso
Hábitos e comportamentos correspondem a 90% do nosso sucesso ou fracasso e a parte conceitual é responsável por somente 10%. Um claro exemplo é da Sra. Alice de Sousa, avó da minha esposa. Com 96 anos de idade, sem escolaridade alguma, ela sempre teve uma vida financeira regrada. Adquiriu patrimônio e vive hoje uma vida confortável quando o assunto é dinheiro. Até seu funeral já está pago, pois sempre disse que não iria deixar contas para ninguém pagar. Do outro lado um conhecido meu, doutor em economia, CFO de multinacional, aplicou para falência pessoal. Como pode a Sra. Alice, que mal sabe assinar o seu nome, ter dinheiro e o Doutor em economia estar quebrado? Simples, o comportamento e hábitos diários de cada um.
Se você está no lugar do Doutor financeiro mencionado acima, essas 2 dicas podem lhe ajudar a virar o jogo:
1• Reconheça o problema:
Só tem uma maneira do alcoólatra, do viciado em drogas, jogos e tantos outros vícios saírem da situação: reconhecendo que precisam de ajuda e que merecem mudar. Você pode estar pensando que é um exagero esta comparação. Mas não é exagero algum, a área financeira é responsável por cerca de 80% dos divórcios, tem grande peso nos suicídios, arruinam famílias inteiras, levam pessoas a vícios e a desenvolverem doenças graves. Isso é tão importante que hoje nos Estados Unidos, as empresas que fazem seguro de vida, em muitos casos nem pedem mais exames de saúde de seus clientes. Depois de estudarem milhões de casos, perceberam que as pessoas que têm uma vida financeira equilibrada, adoecem menos e morrem mais tarde do que as pessoas desequilibradas financeiramente. Reconheça e peça ajuda.
2• Crie um plano de ação:
Há um ano atrás, atendi uma cliente que estava desesperada pois acabava de comemorar 60 anos de idade e não tinha dinheiro guardado e nem adquirido nenhum patrimônio. Tinha ainda uma dívida de 8 mil dólares com juros de 24% ao ano. Morando há mais de 30 anos nos Estados Unidos, ela me disse:
“Sempre disse que tinha que viver como se não houvesse o amanhã. Passei a vida toda gastando tudo que eu ganhava, o problema é que vivi mais do que eu imaginava e descobri que o amanhã existe. Agora não tenho nada e, provavelmente, irei precisar trabalhar até o dia que eu morrer ou depender da ajuda das minhas filhas.”
Traçamos um plano de ação e um ano depois ela já quitou sua dívida e começou a guardar um pouco para seu futuro. Vai ter muito? Provavelmente não, mas é melhor do que nada.
O hábito de gastar mais do que se ganha é um problema a ser resolvido. A boa notícia é que milhares de pessoas já reescreveram suas histórias e hoje já estão vivendo o verdadeiro sonho americano.
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- Dia dos namorados vem aí, gaste com moderação.
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