Juliana Paes

Juliana Paes: De volta ao Pantanal

Sucesso da dramaturgia, a nova versão do folhetim tem Juliana Paes como a famosa Maria Marruá. A Novela tem estreia prevista para o dia 28 de março, no canal internacional da globo, em simulcast no Globoplay.

Pantanal é escrita por Bruno Luperi, baseada na novela original escrita por Benedito Ruy Barbosa. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

A novela é saga familiar que tem o amor como fio condutor e a natureza como protagonista. Fonte da maior concentração de fauna das Américas e maior planície alagada do mundo, o Pantanal foi inspiração para a obra escrita há mais de 30 anos por Benedito Ruy Barbosa.

Maria Marruá ( Juliana Paes )

Maria Marruá ( Juliana Paes )

Como toda adaptação, a história original passa por mudanças e atualizações necessárias para conversarem com uma nova realidade e uma nova geração. As atualizações, claro, não se limitam ao texto, mas também nas imagens fascinantes do Pantanal que serão atualizadas. “Hoje em dia, temos a tecnologia a nosso favor. Na época, Jayme Monjardim fez muito bem a novela, foi ousado, fez um desenho de produção diferente, mesmo com toda dificuldade. Hoje, as câmeras são menores, temos drones, câmeras para dentro d’água, a qualidade de captação é outra, é tudo muito mais moderno que antes. Você consegue captar imagens do Pantanal de maneira diferente daquela época, quando eles não tinham esses recursos”, diz o diretor artístico Rogério Gomes.

Juliana Paes foi a nova escolhida para dar vida a Maria Marruá, personagem que foi sucesso quando vivida por Cassia Kiss na versão original de Pantanal em 1990. A trama que se passa entre o Rio de Janeiro e Pantanal tem um enredo cheio de drama e suspense. Para falar um pouco sobre o remake e a personagem, Juliana Paes deu essa entrevista que você confere aqui!

Juma ( Alanis Guillen )

Juma ( Alanis Guillen )

Alô Você Magazine: Como foi receber o convite para interpretar Maria Marruá?
Juliana Paes: O convite veio de um jeito super inesperado: a gente estava, ainda, vivendo os efeitos de pandemia, em casa, e eu recebi uma mensagem do Rogério (Gomes, diretor artístico), nosso Papinha amado, querido. “Ju, queria falar com você sobre Pantanal”, e eu fiquei pensando: “O que será?”. Eu não fazia ideia. Sabia que já estavam produzindo, que já tinham algumas pessoas escaladas. “Você pode me ligar?”, ele me perguntou. Eu liguei e ele falou: “Sei que você veio de uma batida e tal, mas acho que já deu tempo de descansar. Eu queria muito que você fizesse a Maria Marruá”. Acho que eu não o esperei falar por mais 10 segundos. Eu disse sim. Ele falou: “É uma participação, porque a Maria morre no início da segunda fase”. Mas é uma personagem maravilhosa e eu sabia que tinha sido vivida pela Cássia (Kis), porque eu tenho algumas lembranças da primeira versão. Eu sou tão fã da Cássia! Já tive a oportunidade de falar isso para ela. Por isso, falei: “Óbvio que eu vou aceitar esse desafio”, porque quando é uma personagem que já foi vivida por alguém e por alguém de quem você é tão fã, tão apaixonado, vira um desafio em dobro. Eu me senti muito lisonjeada, desafiada e com muita vontade de fazer essa Maria Marruá.

Maria Marruá ( Juliana Paes ) e Gil ( Enrique Diaz )

Maria Marruá ( Juliana Paes ) e Gil ( Enrique Diaz )

A.V.M.: Você lembra da novela na época? O que acha que será diferente na nova versão?
J.P.: Em 1990, eu tinha 11 anos, então, tenho as minhas memórias de criança, de perceber que, naquele momento [de exibição da novela], a casa dava uma parada; todo mundo parava para assistir. Acho que, talvez, movidos não só pela trama, mas pelo torpor que causava aquela linguagem diferente de assistir novela. Era um momento de contemplação. Se escutava menos gente falando e você escutava uma música tocando um tempão. Você via imagens mais extensas, o pássaro Tuiuiú, o jacaré, a arara. Causava nas pessoas uma sensação diferente. Um momento de parar um pouco, suspender um pouco a fala e aguçar mais o olhar e o sentimento. Creio que esse tenha sido o grande diferencial de ‘Pantanal’: a sensação que provocava nas pessoas. Por um lado, se a gente tem um desafio em momentos em que existe tanta quantidade de informação, de aquietar um pouco a nossa mente pra contemplar um pouco mais – esse é o desafio que a gente tem como produto, como novela – , por outro lado, a gente tem mais tecnologia, tem mais definição, processos mais definidos para mostrar essas imagens.

Pantanal (primeira fase) - Joventino (Irandhir Santos) e José Leôncio (Renato Góes)

Pantanal (primeira fase) – Joventino (Irandhir Santos) e José Leôncio (Renato Góes)

A.V.M.: Como foram as gravações no Pantanal?
J.P.: Quando a gente chega, tem um percurso longo pela frente. E enquanto você vai se embrenhando por dentro das fazendas e tal, vai aumentando a expectativa. “Ai, o que eu vou ver?!”. E aí, quando você chega, todas as expectativas são superadas, porque eu vi bichos que eu nunca tinha visto na minha vida, ouvi sons que eu não tinha escutado ainda. Fora que tem uma energia diferente – isso é o que não dá pra explicar, isso é o que não dá pra você contar. Tem que estar lá, porque o ar é diferente, o tempo é diferente, onde a vista alcança é diferente. Então, tudo isso traz para dentro da gente uma sensação diferente também, que as fotos não conseguem transmitir. Acho que, talvez, a gente com as imagens da novela consiga chegar o mais perto disso. Mas ter estado no Pantanal foi muito bom, especial demais.

Fotos: Raquel Cunha; João Miguel Júnior – Globo

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