No dia 13 de Março, os olhos do mundo estavam em direção a Roma. Nesse dia, o mundo ficou a saber que o novo papa, o argentino Jorge Mario Bergoglio, seria o primeiro papa não europeu ser eleito nos últimos mil anos. O novo papa passou praticamente toda sua vida religiosa na Argentina. Ex-arcebispo de Buenos Aires, ele tem 76 anos.
O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) don Leonardo Steiner afirmou que a escolha de um papa da América é o resultado de uma abertura da Igreja Católica. “Não é mais Igreja só voltada para a Europa”. Steiner afirmou também que a escolha do nome Francisco é significativa, especialmente devido a Francisco de Assis. Há uma esperança real de que o papa Francisco poderá mudar a natureza da Igreja Católica, diz o especialista da BBC em religião Robert Pigott. “Esse é um passo simbólico imenso”, afirma Pigott, ressaltando que a escolha mostra que foi levada em conta o tamanho e o peso da Igreja Católica fora da Europa.
O presidente americano, Barack Obama, enviou “saudações afetuosas” ao papa Francisco, ressaltando que o cardeal argentino é o primeiro pontífice das Américas. “Como o primeiro papa das Américas, sua escolha fala da força e da vitalidade de uma região que está cada vez mais influenciando o mundo. Junto com milhões de hispano-americanos, nós nos Estados Unidos compartilhamos a alegria deste dia histórico”, expressou Obama, em seu próprio nome e em nome de sua esposa, Michelle Obama. Obama apontou que o novo Papa “como um defensor dos pobres e dos mais vulneráveis, carrega a mensagem de amor e de compaixão que inspira o mundo há mais de 2 mil anos – que no rosto de cada um, vemos o rosto de Deus”. Segundo uma autoridade da Casa Branca, o vice-presidente americano, Joe Biden, encabeçará a delegação dos EUA que prestigiará a cerimônia de posse de Francisco.
Um dos primeiros compromissos fora de Roma que o papa Francisco deverá comparecer é a Jornada Mundial da Juventude, que acontece em julho no Rio de Janeiro.