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Dupla de Ouro: Bailarinos brasileiros ganham competição em NY- por Marisa Abel

Os bailarinos brasileiros do Bolshoi, Amanda Gomes e Marcos Vinicius, conquistaram a medalha de ouro no Youth América Grand Prix 2013, em New York.

Por Marisa Abel

Foram mais de 2000 bailarinos inscritos no YAGP 2013, que aconteceu em abril, em Manhattan. Seis dias de competições e muitas apresentações na ponta da sapatilha garantiram o ouro à jovem dupla brasileira por sua apresentação do Pas de Deux do balé Diana e Acteon. Amanda, que tem 17 anos de idade, também foi eleita uma das melhores bailarinas do concurso.

don quixote pas de deux maio 2013

Esse não é o primeiro ouro deles dançando juntos. Em 2012 conquistaram a melhor classificação na competição Internacional de Balé em Istambul, na Turquia. Embora se apresentassem juntos, o festival classificava individualmente e ambos ganharam a medalha de ouro. Outra conquista foi no Festival Internacional de Dança de Goiás, também em 2012, eles ganharam a competição como primeiro lugar feminino e segundo lugar no Pas de Deux Avançado, Amanda também levou o prêmio de melhor bailarina.

Cheios de energia e profissionalismo os jovens comentam que nem imaginavam chegar à grande final, em NYC, consagrados como os melhores da competição. “A concorrência era bem grande, com bailarinos do mundo inteiro e todos muito bons e profissionais. Encontramos aqui nos EUA pessoas realmente dedicadas à arte. Quando anunciaram o terceiro e o segundo lugar, este também foi para brasileiros, pensamos que a nossa oportunidade tinha passado, mais aí falaram o nosso nome. Nem acreditamos, ficamos um pouco paralisados antes de subir receber o prêmio. Foi emocionante”, comentam.

Além do talento e profissionalismo Amanda e Marcos carregam na bagagem muita alegria, simpatia e humildade. “Viemos aqui para mostrar nosso trabalho e aqui conseguimos com que escolas, professores e pessoas do mundo inteiro soubessem do que podemos realizar no palco”, diz Marcos. Longe de casa Amanda diz é sempre mais difícil dançar em outro país. “Dançar aqui é mais difícil do que dançar no Brasil porque lá temos a família, amigos, e a torcida, aqui dançamos para muitas pessoas que nem conheciam o nosso trabalho, além de termos vindo sozinhos para cá, foi tudo mais complicado. Era o dia todo de aula, ensaios e muita saudade. Mas conseguimos desempenhar bem nossos papéis e estamos muito felizes”.

Sobre o que aprenderam aqui eles dizem que foi o intenso amor que as pessoas envolvidas com a competição apresentaram. “Conhecemos pessoas que respiram o ballet o dia todo e percebemos que ainda temos muito a aprender e se dedicar, sabemos da importância de nosso trabalho e confiamos nele, mas pode ficar ainda melhores se nos dedicarmos iguais a estas pessoas”.

A próxima meta do casal de bailarinos é a competição de Moscou, em junho, mas antes disso vão apresentar o Ballet Don Quixote para a presidente Dilma, assim que regressarem ao Brasil.

A competição e os bailarinos:

*Youth America Grand Prix (YAGP) é uma rede global de oportunidade de conexão de dançarinos, professores, escolas e empresas do mundo todo. É realizado através de competições regionais anuais em todos os EUA e no exterior e culmina com a Final em Nova York City e uma performance de gala.

*Marcos Vinícios iniciou no ballet aos 9 anos de idade por indicação de sua professora de ginástica. Natural de Joinville, foi estudar ballet na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. Depois do curso foi convidado a fazer parte da Companhia Jovem do Bolshoi. Começou no corpo de baile até chegar ao papel principal.

“O amor pela dança nasceu comigo. Quando entrei no ballet eu pensei: ‘nossa, é isso aqui mesmo que eu quero fazer’. Eu me identifiquei, é o que eu gosto de fazer, se encaixa no meu corpo”. Comenta Marcos.

*Natural de Goiânia (GO), Amanda Gomes, de família humilde, lutou muito para ir atrás do sonho de ser bailarina. Acreditando no potencial da menina, que ainda tinha 9 anos de idade, toda a família se mudou para Joinville para que ela pudesse cursar o Ballet Bolshoi. Ela passou entre os 428 candidatos que participaram da audição para entrar na escola da academia e de lá para cá foram muitos anos dedicados ao ballet. Tanto amor pela dança só poderia ter ótimos resultados e hoje Amanda colhe os frutos de acreditar que é possível realizar sonhos.

“Sou muito grata à minha família que acreditou em mim e que me deu todo o apoio que precisei para realizar meu sonho de ser bailarina. Agradeço a Deus todos os dias por ter me concedido pais e família tão maravilhosa. Hoje sou uma pessoa realizada por ser uma bailarina profissional”.
bailarina profissional”.

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