Ao som do rock Brasil: Entrevista com Capital Inicial

Por Marisa Abel

Em outubro a banda brasileira Capital Inicial se apresentou em Newark e em Boston; foram os primeiros shows nos Estados Unidos após 30 anos de carreira.

Fomos conferir a apresentação em Newark que foi embalada dos maiores sucessos da banda que marcou gerações. Palácio Europa lotado, a galera animada impressionou os artistas que viram o povo cantar em coro canções como “À sua maneira”, “Quatro vezes”, “Primeiros erros”, “Mulher de fases”, “Natasha” e muitas outras.

Antes de pisar no palco Dinho Ouro Preto falou com nossa redação em uma breve entrevista.

Alô Você: Sabemos que toda a expectativa para um show é a melhor possível, mas e no caso de um show internacional? Tem alguma diferença nas emoções?

Dinho: Pra ser bem honesto estou muito curioso. Sei que a grande maioria que está aqui é de brasileiros, porém são pessoas que saíram do Brasil em épocas diferentes, uns há 15 anos outros há 3, e o Capital tem 30 anos de estrada então acho que as pessoas vão se relacionar com a gente em diferentes décadas. Quem saiu há pouco tempo conhece tudo que fizemos, mas não sei se quem está aqui há mais tempo acompanha este trabalho. Vai ser como entrar numa máquina do tempo e eu quero ver como as pessoas vão reagir, estou realmente curioso, acho que esta é a melhor definição.

Alô Você: Diferente do que acontecia há alguns anos, o adolescente de hoje não tem tanta opções de variedade musical, não que não tenha acesso, mas os gêneros preferenciais mudaram. Tínhamos músicas que levantavas bandeiras ou ideais, ou simplesmente falava de outras coisas que não somente o amor e traição. Como é para vocês esse momento?

Dinho: Eu fico um pouco frustrado. Acho que os artistas novos tendem a ser monotemáticos, não acho que falar de amor seja ruim, mas você pode abordar o tema de diferentes formas. Hoje quando se fala de amor se aborda de uma forma muito ortodoxa sempre, é muito repetitivo e acho que mesmo que você seja monotemático você pode ser mais criativo. Eu procuro sempre explorar assuntos diferentes, a gente tem música sobre tudo, até sobre insônia, e isso é bacana, escrever sobre tudo.