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Emanuelle Araújo: Doce voz baiana

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Com um timbre que seduz quem ouve sua voz, Emanuelle Araújo é sucesso em tudo que faz e é a escolhida para estampar a nossa capa neste mês especial para todas as mães.

emanuelle araujo ed015 capa 201405 (5)Por Marisa Abel

A voz que comanda a banda Moinho é puro talento e eles acabam de lançar o novo CD no Rio de Janeiro. Intitulado “Éolo”, que significa o deus dos ventos na mitologia grega, o CD lançado pela  Coqueiro Verde Records possui um repertório muito mais autoral, com a maioria das composições de Toni Costa e Lan Lan, sendo Carlinhos Brown coautor e produtor de duas das faixas, “Tu pira” e a própria “Éolo”.  

Além de estar há dez anos na estrada com a banda Moinho, Manu (como é carinhosamente chamada pelos amigos), também se dedica para o cinema e TV. “Estou no cinema com o longa SOS Mulheres ao Mar e graças a Deus é sucesso com 3 milhões de expectadores e em julho volto à TV!”, comemora a cantora e atriz que também já fez algumas novelas na Rede Globo.

Ela começou a carreira aos dez anos fazendo teatro, cursou biologia e dois anos de artes cênicas e o grande salto de sua carreira aconteceu em 1999 quando substituiu Ivete Sangalo na Banda Eva. A bela morena foi nomeada a cantora revelação de 2000 e conquistou o público e a crítica.

emanuelle araujo ed015 capa 201405 (2)Seu primeiro trabalho na TV foi em “Pé na Jaca”, depois ingressou no cinema protagonizando “Ó pai, Ó”. Também fez sucesso na pele da prostituta Manu, na novela “A favorita”.

Quem a vê não imagina que essa mulher com cara de menina é mãe de uma jovem de 20 anos de idade, a Bruna, que também está envolvida com o mercado musical. Confira a entrevista exclusiva que Manu concedeu para nossa revista.

Alô Você: Maio é mês especial para as mães e você foi contemplada com a maternidade ainda muito jovem, como é essa experiência?
Emanuelle Araújo:
Foi inusitada, aos 16 anos eu não imaginava engravidar, não foi planejado, mas foi muito bem-vinda, minha filha é ótima, já tem 20 anos. Eu tive de desenvolver a maternidade intuitivamente, não tinha maturidade, mas foi tudo muito bom. Muitas coisas que aconteceram em minha vida foram sendo preenchidas com as experiências que adquiri com a maternidade, parece que ela deu um complemento a tudo.

Alô Você: É mais difícil ser mãe ou filha?
Emanuelle Araújo:
São lugares completamente diferentes. Aprendi muito a ser mãe sendo filha. Ao mesmo tempo você também age diferente de como sua mãe age com você. Ambos são lugares distintos, gostosos e cheios de desafios. Para ser filho você também tem de ter cuidado com sua mãe, para não tomar atitudes que possam magoá-la.

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Alô Você: Sua filha já é uma mulher e você ainda tem essa carinha de menina. Como você encara isso?
Emanuelle Araújo:
Hoje nem tanto, mas quando ela era mais nova sentia-se desconfortável e fazia questão de ressaltar: ‘é minha mãe!’. Hoje é muito mais leve, fazemos piada com isso.

Alô Você: A Bruna também está no mercado musical. Conta pra gente, na casa de vocês rola muita música?
Emanuelle Araújo:
Sim, rola muita música, até porque crescemos e neste ambiente e ela teve muita influência. Ela tem talento, desejo, e em casa sempre estamos cantando, trocando figurinhas, conferindo as novidades e as misturas de som.

emanuelle araujo ed015 capa 201405 (4)Alô Você: Você já cantou na Alemanha, Hungria, Itália, Portugal e aqui na América. Algum projeto novo para os EUA?
Emanuelle Araújo:
Já fiz shows em Boston e Newark e para este novo disco queremos sim ter uma abertura internacional. Estamos abertos para novos convites e queremos muito ir aos EUA.

Alô Você: Qual seu relacionamento com Portugal?
Emanuelle Araújo:
Adoro Portugal, o público é muito caloroso, eles têm identificação com a nossa MPB. Já fui fazer show lá algumas vezes, quando ainda estava na Banda Eva, e depois fui com a Moinho. Adoro tudo naquele país, a arquitetura, história, comida, tem lugares incríveis. Lisboa tenho um carinho especial, até moraria lá. Sempre fui muito bem recebida em Portugal e a imprensa de lá é muito receptiva e se interessa muito pelo meu trabalho. Tenho identificação pela cultura até porque eu tenho sangue português.

Alô Você: E com os EUA?
Emanuelle Araújo:
Os EUA proporcionam muitas coisas boas. NYC é plural, a música americana é extraordinária. Gosto do Jazz e é nele que a gente se inspira muito. O país é um poço de influências. Não tem como não ter esse ‘Q’ de informação e coisas novas. Sempre que vou ai para a América volto cheia de coisas novas.

Alô Você: Por que a Moinho ficou tanto tempo sem gravar?
Emanuelle Araújo: A gente acha importante gravar quando a gente sente que tem produto. Quando começamos era um trabalho despretensioso, não imaginávamos que faríamos sucesso. Queremos um trabalho mais autoral. A gente vem trabalhando neste disco tem 2 anos e como tudo na vida veio na hora certa.

Alô Você: Fale sobre a o lançamento do novo CD.
Emanuelle Araújo:
Este mês as pessoas já podem conferir nosso trabalho nas lojas. É um trabalho mais maduro. Estamos com 10 anos de banda e ela está mais plural. A nossa marca é a mistura de ritmos e foi assim que as músicas foram brotando.

emanuelle araujo ed015 capa 201405 (3)Alô Você: Vocês escolheram um nome de origem na mitologia grega para nomear esse novo trabalho. Por quê?
Emanuelle Araújo:
Éolo é nossa homenagem ao vento, somos movidos por ele e por seus encontros. É uma música que a gente adora.

Alô Você: Quem caminha pelo vento sabe o bem que ele faz. O que os ventos te trouxeram de bom?
Emanuelle Araújo: Vento é tudo, o prazeroso da vida é o inesperado, o grande lance é viver o agora e sentir o sabor do presente porque o que está por vir você nunca sabe porque o vento pode mudar de direção e você tem de tentar ajudar o vento para virar para o seu lado. Porém, controlar você não consegue. Estou de braços abertos para o inesperado, e ele sempre traz coisas boas. Essa é a parte da música que mais gostamos. Pensamentos positivos, acreditar, essa energia boa tem de fluir.

Alô Você: Tem música que às vezes não é boa, mas fica impregnada na cabeça. Já se pegou cantarolando alguma que não gostasse?
Emanuelle Araújo:
Claro. Tem música que às vezes a gente não gosta muito, mas fica na cabeça. Isso é bom. Mostra a força que às vezes um som tem independente do gosto.

Alô Você: Ecad sempre é um assunto polêmico. Muitos artistas reclamam da falta de transparência e você chegou a postar em seu perfil no FB que gostaria que esse órgão fosse mais justo. Fale um pouco sobre o assunto.
Emanuelle Araújo:
Não tenho muito o que falar. É simples assim. Uma nova lei foi aprovada e o direito autoral esta caminhando para ser mais justo no Brasil.

Alô Você: São artes diferentes cantar e atuar, qual delas faz seu coração pulsar mais forte?
Emanuelle Araújo:
A pergunta que não quer calar e a minha resposta sincera. Amo fazer as duas coisas e luto para estar sempre caminhando ativamente nas duas áreas. Só assim sou feliz!!

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