Dicas da Mabel: Eu te amei primeiro

É com muitas lágrimas que começo esse artigo especial em homenagem às mães de todo o mundo e em especial a minha, Dona Dulce, que é a mulher mais fantástica que conheço. São lágrimas de amor e saudade!

Amor de mãe é tão intenso e especial que desde a gestação elas já são capazes de nos transmitir esse sentimento maior. Quando não gera na barriga, gera no coração! Crescemos, erramos, tropeçamos, sempre com a certeza de que teremos uma mão estendida para nos levantar, nos apoiar e também nos aplaudir, porque quando conquistamos o sucesso elas são as primeiras a se orgulhar.

Ser mãe não é fácil, porque mãe sofre calada, tem de ser forte, tem de ser presente, estar junto, batalhar, ensinar a andar, falar, comer, agir, tem de suportar a tão turbulenta adolescência e passa anos se dedicando inteiramente a uma pessoa que um dia vai embora, em busca de suas metas pessoais. E ela fica lá, esperando a volta, um telefonema, uma notícia, um abraço.

Quero poder expressar todo o meu amor e carinho a todas as mães que lutam diariamente para ver o sucesso dos filhos e para os filhos vai a dica: Ame sua mãe, mas ame agora, ame com urgência, com intensidade, com compreensão. Seja sensível para perceber que além de mãe é mulher, também é frágil, também tem pontos fracos. Abrace e beije-a todos os dias, se ela estiver longe ligue, mande uma mensagem, faça esse sentimento transbordar.

Todas as vezes que ligo para minha mãe termino a conversa com um “Eu Te amo” e ela sempre me responde: “Eu também”, ai eu pergunto “Você também se ama?” e rimos sempre. Semanas atrás ela me surpreendeu, quando eu disse “Eu te amo” ela respondeu: “Eu te amei primeiro!”. Sorri, disse para ela que tinha me impressionado com a resposta e desliguei. Na verdade eu fiquei sem palavras, o coração ficou apertado, a voz embargada, as lágrimas rolando incansavelmente, mas não queria demonstrar para ela que a dor da saudade pela distância estava dilacerando meu coração, assim como sei que está o dela! Mãe, Te amo!

Para embalar sua saudade

Minha dica este mês também vai para as três perfeitas músicas que descrevem o sentimento de quem deixou para traz um coração de mãe partido: “Ciclo” (Jorge & Mateus), “No dia em que sai de casa” (Zezé di Camargo & Luciano) e a novíssima “América Brasil” de Chander & Flavinho. Vale a pena ouvir!

Mães Postiças

Ao longo da vida também colecionamos as mães “postiças”, aquelas mulheres que nos acolhem de coração aberto, com o mesmo carinho e amor que tratam os filhos legítimos. Durante anos de minha vida venho incluindo mais nomes para a minha “lista de mães postiças” e em contrapartida também faço questão de dividir a minha com quem deseja esse amor, porque no coração de uma mãe sempre cabe mais um sorriso, mais um abraço, mais um carinho, mais alguém para amar.

Agradeço também às mulheres que me acolheram como filha e que eu digo eu estão na minha coleção de mães postiças. Maria das Graças de Brito, Dora (in memorian), Eunice da Costa Papeckys, Maria Imaculada Golfieri, Maria Joana Prado, Dona Ana (in memorian), Lucídia Oliveira, Dona Elvira Falcochio, Marlene Pereira, aqui nos EUA Sonia Akamatsu, Ana Santos (nossa editora chefe), Luiza Antunes, Lana O’Keefe e Maria Helena Istuque.