Pluralidade cultural

Por Marisa Abel

A diversidade cultural existente nos EUA, principalmente em NYC, nos permite ampliar o conhecimento e vivenciar muito mais do que a cultura americana propriamente dita.

“À procura de um sonho americano”, essa ideia expressada pela primeira vez em 1931, por James Truslow Adams, traduz a procura da igualdade de oportunidades e a ideia de atingir seus objetivos baseados em seu esforço e determinação. Foi com este objetivo que muitos imigrantes embarcaram nesta viagem para os EUA, mas muito mais que oportunidades de uma vida melhor, o imigrante também se deparou com a pluralidade cultural existente aqui na América, já que o tão famoso “sonho americano” é propagado aos quatro cantos do mundo.

Um dos melhores locais para se vivenciar, diariamente, essa diversidade de culturas é dentro da sala de aula. As famosas escolas de ESL são repletas de pessoas vindas de todas as partes do mundo. É incrível quando aprendemos mais sobre outras comunidades de maneira informal, mais casual e descompromissada e o interessante é você perceber que há muita coisa em comum dentro de tanta pluralidade.

Na minha classe de inglês (tenho aulas em Manhattan) há pessoas da Tailândia, Senegal, Tunisia, Rússia, Brasil, República Dominicana, China, Bangladesh, México, Romênia, Filipinas, Ucrânia, Moldávia, Indonésia, Equador, Burkina Faso, Colombia dentre outros. É tanta mistura de  pensamentos e costumes e ao mesmo tempo todo mundo tão igual, tão cheios de sentimentos e desejos, que parece que somos todos filhos de uma mesma nação.

“Eu tenho sorte que eu sou um estudante nesta escola, temos uma classe muito multicultural e cada vez que eu aprendo algo novo sobre outros países e cultura é muito interessante e incrível”, comenta Nadejda Martin, natural da Moldávia.

Akran Chanchante, da Tunisia, concorda com Nadejda e diz que gosta muito de poder fazer parte da turma. “Eu gosto desta classe porque nós somos todos estrangeiros, de diferentes países, e isso faz a nossa sala de aula ficar maravilhosa e interessante”.

Também sou encantada com esta turma, com a forma delicada de cada um pensar, com o coração aberto quando falamos sobre nossos países de origem e nossas culturas. Silvia Stefan, natural da Romenia, concorda comigo e diz: “Minha classe é um `Estado de Diversidade` e uma `micro New York`. De todos os cantos do mundo todos tem como meta falar inglês e, se Deus quiser, viver o velho ‘sonho americano’.”

Talvez, quando a pessoa decide vir aos EUA, ela não se dá conta de que poderá se deparar com tanta diversidade cultural, por isso vai a dica: abra a sua mente para o novo, aproveite as oportunidades para poder saber mais do outro, viva novas experiências, assim aprenderá mais sobre a história do mundo e poderá perceber a magia que há em cada comunidade.