Entrevista com Sophie Charlotte e Tony Ramos

Escrita por George Moura e Sergio Goldenberg com colaboração de Charles Peixoto, Flávio Araújo, Lucas Paraízo e Mariana Mesquita, com direção de fotografia de Walter Carvalho e direção geral e núcleo de José Luiz Villamarim, a versal atual de ”Rebu”, estreiou em julho no canal international da Globo.

Confira as entrevistas com Sophie Charlotte e Tony Ramos, dois famosos integrantes do elenco da novela ”Rebu”.

Sophie Charlote (Duda)

Como foi a escolha do novo visual para a novela?
O meu ofício me dá possibilidades de encarar universos novos e viver situações inusitadas. A ideia de cortar o cabelo e essa visão de como seria a Duda veio do José Luiz Villamarim.  Ele fez a sugestão e achei ótimo. Comecei a pesquisar referências e o (Marcos) Padilha, responsável pela caracterização do personagem, acabou encontrando o corte certo. Isso para mim é uma grande vantagem, pois a caracterização tem muito a ver com a construção do personagem, e possibilita uma diferenciação de você mesma no dia-a-dia. Tudo isso cria um processo de concentração  e de transformação para se chegar ao novo personagem com referências novas. Então, foi bem bacana.

Você tem fãs no mundo inteiro. Percebe esse reconhecimento quando viaja para fora do Brasil?
Sim, acontece bastante. Primeiramente porque há muitos brasileiros morando fora, mas também fico impressionada com os espectadores que não são do nosso país, mas que estão ligados nas nossas novelas com afinco. Durante uma viagem, encontrei uma menina russa que ficou muito nervosa ao me ver, muito ansiosa e se emocionou. Fiquei impressionada de saber que uma russa assiste novelas, se interessa pela língua portuguesa e estuda o português brasileiro, que é diferente do de Portugal. Então saber que o seu trabalho atravessa fronteiras e cria esse interesse em pessoas que têm realidades completamente diferentes da nossa, e em outro ponto do mundo, é um privilégio!

Tony Ramos (Carlos Braga Vidigal)

Como está sendo participar da novela em um momento em que você celebra 50 anos de carreira e como é o seu processo de escolha de novos trabalhos?
Já fui homenageado pela minha trajetória, e muito por esse elenco com o carinho e a amizade deles. Agora, sobre o processo de escolha de um trabalho, para mim começa no convite. Gosto de ser surpreendido por projetos. Tenho dito e vou repetir até o final da minha vida, eu não vou muito atrás de projetos. Pode até ser que amanhã eu resolva fazer, mas eu gosto de ser surpreendido, e fui surpreendido pelo convite do Villamarim (diretor). E logo disse que já estava dentro porque a idéia me fascinou. A novela na sua origem, há 40 anos, virou uma trama cultuada para quem gosta de ver e fazer novela. Eu evidentemente não me lembrava com detalhes, mas fui cativado pela ideia de podermos contar, em 36 episódios, os 112 capítulos que aconteceram naquela época. O projeto é para eles (autores e diretores) estimulante e desafiante, e para mim como ator é um novo momento. Eu gosto de fazer novela e acho que elas fazem parte da identidade nacional. E eu me prendo a uma boa história. Acho que a nossa profissão e a dramaturgia resistem por meio de boas histórias, bons elencos, determinação, boa direção, boa luz, boa fotografia, bons companheiros. É o que nós temos aqui, uma turma de primeira interessada em fazer o melhor para o telespectador, tenha certeza disso.

O que podemos esperar da novela?
Cada companheiro aqui vai tentar honrar da melhor maneira a história de ‘O Rebu’, do grande Bráulio Pedroso. A história foi um grande sucesso na época e é enigmática, cultuada por quem vê TV há muito tempo. Temos a oportunidade não de nos desafiarmos, mas sim de nos estimularmos com uma boa proposta, uma boa idéia. Temos a certeza de uma coisa, estamos trabalhando da melhor forma possível para encontrar o melhor tom possível, a melhor narrativa possível. Eu acho que ‘O Rebu’ vai causar em vocês uma expectativa muito positiva.