por Jefferson Carvalho
Quando você inicia o cadastro em algum serviço na internet ou numa rede social, você escolhe a senha com cuidado? Você usa a mesma senha para todos os serviços da internet? E se for um web site que você não visitará com frequência, como uma loja de compras online, será que qualquer sequência de teclas já serve? Quando se trata de segurança digital, esses erros comuns podem facilmente fazer com que você seja mais uma vítima de invasão de contas. Teclar sequências óbvias pode até parecer uma boa alternativa, mas não se engane – afinal, é a visibilidade de seus dados que está em jogo.
Inimiga da perfeição.
Escolher a primeira palavra que vem à sua cabeça só para acabar logo o cadastro pode ser um péssimo negócio. Métodos de quebra de senhas envolvem consultas a dicionários inteiros para verificar se sua senha é uma palavra comum, sem símbolos e números ou alternâncias entre caixas alta e baixa. Fique longe de senhas como 1234567 – 123456 – 12345 – 123123 – 000000 – password – qwerty – asdfgh – zxcvbnm – qazwsx – abc123 – blink182 – lol123– 7777777 – 666666 – jesus – brasil/brazil – letmein – iloveyou – hello123 – matrix – admin – hotmail – babygirl, pois são as mais usadas!!! O ideal é pensar com calma e só finalizar o cadastro com a certeza de que sua sequência não será descoberta tão facilmente.
Qual era a senha daqui mesmo?
Uma senha para o Twitter, uma para o Facebook, e mais uma para aquele MMORPG que você acessa todos os dias. Com o tanto de serviços na internet que exigem cadastros, ter uma infinidade de sequências diferentes acaba sendo trabalhoso demais para quem não quer memorizar todas – ou anotar em um documento de texto ou em um papel, em um ato ainda menos seguro. Por isso, é comum que o usuário padronize a senha e utilize a mesma em todos os seus serviços. A facilidade de ”log-in” se reflete também na hora da invasão: se o código for fácil, o hacker terá acesso a todos os serviços que você acessa na rede. Perigoso, não?
Ninguém vai invadir minha conta!
Mesmo com a internet tendo milhões de usuários em todo mundo, não pense que um hacker vai ignorar a sua existência. Esses ataques são feitos em massa contra sistemas inteiros, recolhendo um alto número de dados pessoais de grandes grupos de usuários, como cadastrados em redes sociais, por exemplo.
Nome, sobrenome, data de nascimento…
Com uma simples pesquisa em redes sociais e outros serviços, é possível descobrir informações preciosas sobre você – e, para isso, nem é preciso ser um hacker especialista no assunto. Dados simples podem compor o código, como seu aniversário, o nome do usuário ou de seus pais e até sua localização (cidade, estado ou país). Procure evitar esses termos fáceis não só para o computador, mas também para a senha do banco, por exemplo.
Os métodos do mal…
Os hackers não têm uma bola de cristal. Mesmo para descobrir as senhas mais simples, são usados mecanismos complexos baseados em algoritmos e bancos de dados prontos. Os principais métodos são os de codificação por força bruta (que tenta o log-in a partir de todas as combinações possíveis de caracteres, independente do número deles) e por dicionários (para descobrir o código a partir de um banco de dados prévio). Ambos dependem do número de caracteres da senha e do uso de diferentes teclas, como números e símbolos. Quanto mais complexa e bem escolhida ela for, portanto, mais difícil é a invasão.
E aí, qual a complexidade de sua senha? Você toma cuidado na hora de escolher a sequência responsável por proteger seu perfil?