quarta-feira , 1 maio 2024
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Carlos Casagrande: Um super-homem em ação

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Por Marisa Abel

O ator Carlos Casagrande é exemplo de família estruturada e feliz, ele declara que a fidelidade é essencial para um relacionamento maduro e duradouro.

Bem-sucedido, focado, inteligente, simpático, atencioso, talentoso, um super marido e pai e de quebra ainda é lindo! Sonho de consumo de toda mulher, ele é praticamente um super-homem, mas seus poderes estão concentrados na alegria de viver, no respeito ao próximo e em praticar as atividades do dia a dia com amor e dedicação.

carlos casagrande ed10 201312 (3)Carlos começou a brilhar nos holofotes do mundo da moda em 1989, foi o primeiro modelo masculino a ser contratado pela Elite Models. Estampou campanhas publicitárias em muitos lugares do mundo, entre eles Itália, França, Inglaterra, Alemanha, Espanha, Suíça, Turquia, EUA e, é claro, no Brasil e também já ganhou muitos prêmios como o melhor modelo do país.

Em 1998 deu início a carreira de ator, já foi protagonista de novelas no SBT e Record e participou de várias novelas na Globo, além dos seriados “Malhação” e Chiquinha Gonzaga”.

No cinema atuou no divertidíssimo “Lisbela e o Prisioneiro” e no longa infantil “Um Sonho de Menina” (2008) e “Dores e Amores” (2009).

Nesta edição especial de Natal o ator nos fala sobre sua vida particular, seus novos projetos e revela como foram suas experiências na carreira artística. Confria a nossa entrevista exclusiva.

Alô Você: Vivemos em uma geração na qual a grande maioria das pessoas não acredita mais em relacionamentos duradouros. Você é exemplo de que é possível ter uma família feliz, o que pensa a respeito dos conceitos da atualidade em relação à família?

Carlos Casagrande: Não posso julgar ninguém, muito menos uma geração, eu particularmente sou uma pessoa privilegiada, encontrei a pessoa ideal, eu e a Marcelly minha esposa, nos completamos. Encontrar uma pessoa que você queira passar uma vida juntos não é algo simples, às vezes as pessoas se enganam, se arrependem, por isso é preciso analisar muito bem antes de se formar uma família. Percebo que existem muitos casais descompromissados com o casamento, deixam a relação frágil, sempre prestes ao rompimento. Eu e Marcelly namoramos 4 anos antes do casamento, e o Theo nosso primeiro filho nasceu 4 anos depois do casamento, agora ele tem 7 anos e o Luca tem 4 anos, são 15 anos juntos. Quanto mais o tempo passa e os filhos crescem maior é o compromisso, maior é o amor. Penso que a fidelidade no casamento, em todos os sentidos, deve ser plena. Não deixo nenhuma desconfiança permanecer na mente da Marcelly, dessa forma a convivência é mais tranquila, mais livre e mais leve.

A.V.M: Existe alguma receita especial para manter uma família sempre equilibrada e feliz?

C.C: Acho que não, não existem pessoas iguais e imagino que casais também não. Penso que se doar pra relação a dois é o mais difícil, porém é o meio mais efetivo de se conviver. Amo a Marcelly e meus filhos mais que a mim mesmo. Essa atitude, que no meu caso é natural, ajuda no equilíbrio e na felicidade.

carlos casagrande ed10 201312 (1)A.V.M: Você é galã de novela, já foi modelo e por isso há sempre uma multidão de mulheres interessadas em te conquistar. Como você trabalha esse lado? Sua esposa é ciumenta?

C.C: Por todos os motivos e atitudes que citei, a Marcelly não tem como ter ciúmes, pois o ciúme nada mais é que insegurança. Tenho muitas fãs que me abordam todos os dias, trabalho com mulheres lindas em campanhas publicitárias e em novelas, mas a conquista, o flerte ou um interesse sensual só existe quando os dois lados permitem, certo?! É preciso ter postura. Aí entra a máxima: Quando um não quer, dois não fazem.

A.V.M: Estamos em época de confraternizar o lado bom da vida. Na sua opinião, o que falta para que as pessoas de fato levem esse espírito do Natal para outros períodos do ano.

C.C: Acho ilusão pensar que poderíamos viver o espírito de Natal todo o ano. Vivemos num mundo difícil, numa sociedade de interesses, numa acirrada disputa profissional, notícias horríveis nas manchetes dos jornais, acho que momentos natalinos são para se relaxar e se confraternizar sim, porém infelizmente acho que vamos sempre aguardar o próximo natal pra curtir novamente esse espírito.

A.V.M: Qual é sua visão sobre a estrutura social brasileira?

C.C: Infelizmente o jeitinho brasileiro e a mania de se pensar que ser “esperto” é o ideal, faz com que uma grande maioria desrespeite o direito do próximo. Outro modo de pensar muito comum é, “achado não é roubado”, outro absurdo. Defendo o direito e respeito ao próximo e honestidade como lema. Num país com tanta corrupção descarada, fica bem difícil ser a maioria honesta, faz as pessoas pensarem que são bobas e ingênuas em ter atitudes cívicas. Mas acredito e torço para que o Brasil melhore mais a cada dia, pois existem exceções grandiosas que defendem o bem.

A.V.M: Falando um pouco sobre sua carreira, quais são seus projetos de trabalho?

C.C: Meu próximo trabalho será um longa metragem, tema que já foi novela, DONA BEJA. Farei a personagem mais difícil da minha carreira, o início das filmagens será daqui a alguns meses.

A.V.M: Você é muito requisitado para eventos e convenções, como tem sido estas experiências?

C.C: Gosto muito desses eventos, a forma mais bacana é quando sou chamado pra ser Mestre de Cerimônias de grandes marcas.

A.V.M: São 15 anos de carreira como ator, conte um pouco da sua visão sobre sua trajetória. O que mais gostou de fazer, o que foi mais difícil, quais vantagens e desvantagens da carreira de ator.

C.C: Gosto sempre do último trabalho, pelo simples fato de que sempre será o de maior maturidade e experiência, é natural que fique sempre melhor. Gosto de tudo que fiz, para cada momento de carreira que tive. Nunca foi meu sonho me tornar ator, fui pego desprevenido, comecei em Malhação e logo fui pra Minissérie Chiquinha Gonzaga e depois mais 3 novelas como protagonista. Essa fase foi a mais difícil, pois estudei durante os trabalhos, tive vários professores particulares e foi assim, devagar que fui aprendendo a atuar. E ainda tenho muito que aprender. As vantagens são equilibradas com as desvantagens como qualquer profissão.

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A.V.M: Você foi um dos primeiros atores a interpretar um homossexual. Hoje as novelas estão repletas de personagens que possuem estas características. O que você acha sobre isso? Ouvimos muita gente dizer que está em excesso… você concorda?

C.C: Tenho vários amigos gays, a convivência das pessoas com gays não deve ser menor que a exposta em novelas. Talvez o preconceito é que incomode mais.

A.V.M: Conte um pouco sobre suas conquistas e desilusões. O que te deixa feliz e o que te incomoda. Como é o Carlos no dia a dia? O que você mudaria nas pessoas ou no país?

C.C: Sou feliz com o que tenho, e vibro a cada conquista, não tenho desilusões ou talvez não as perceba por ter a tendência em transforma-las em experiência. Sou uma pessoa simples, positivo e otimista. Minha família me deixa feliz, viajar, estar em casa assistindo um filme com as crianças, ou em reunião com amigos. Pouca coisa me incomoda, mas de modo geral o desrespeito, a falta de compromisso das pessoas, o serviço mal feito, a desonestidade, a injustiça, a falcatrua, o abuso, tudo que um ser humano de bem não gosta. As pessoas poderiam mudar todo esse comportamento se vivesse sobre uma só lei: “Não faça ao seu próximo, aquilo que você não gostaria que fizessem consigo”.

A.V.M: Fale sobre o seu contato com os EUA e suas experiências aqui.

C.C: Morei em Los Angeles aproximadamente um ano, eu havia acabado de me casar, tinha apenas um filha canina que nos acompanhou nessa experiência, nossa Golden Retriever que se chama Aaliyah. Tive um contrato com uma das maiores agência de atores e modelos de LA. Gostei muito de trabalhar nessa época, e sonho um dia morar novamente em alguma cidade dos EUA. Gosto do modo de viver do americano, gosto do sentimento de segurança que o país proporciona, das escolas. Aqui preciso pagar uma verdadeira fortuna com educação para os meus filhos, e mais uma fortuna para a segurança deles, já um amigo que mora em San Diego, mantém seus filhos numa das melhores escolas da região, uma escola PÚBLICA, sem custo. Outro amigo mora numa casa de frente pra rua, sem muro, em LA, e deixa a janela aberta, a bicicleta da sua filha de 4 anos na grama de frente e nunca ninguém mexe, esse tipo de vida infelizmente é algo bem distante da realidade do nosso país. Adoro o Brasil e torço pelo país, mas se as pessoas e os políticos não reciclarem, meu sonho de me mudar será cada vez maior.

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